quarta-feira, 6 de julho de 2011

Minha verdade

Estava mexendo nos livros da minha mãe. Não estava procurando nada para ler, só queria mexer, mesmo. Peguei a esmo a obra poética completa da Cecília Meireles e abri no meio. Voltei à primeira página. Foi meu pai quem deu a ela o livro. Estava escrito:

"Este livro é para outra mulher, igualmente fantástica, e que vive comigo - Suely"

Achei tão bonito. Tudo. Os dizeres, o livro com folhas de seda, a capa dura verde escura com a assinatura da escritora em dourado, as letras pequenas, o amor que um dia meus pais sentiram um pelo outro.

Como é que dá pra entender isso acabar?

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