quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Sobre o amor


Eu me considero uma pessoa de sorte porque tenho, tive e terei muitos amores. Mas hoje quero contar a história do que eu tenho certeza que é o maior deles.
Eu sabia que ele estava para entrar na minha vida. Não nos conhecíamos, mas eu já sentia sua presença. Engraçado... Ele, que tenho certeza ser para sempre, chegou na data do fim de tantos amores efêmeros, em plena quarta-feira de cinzas.
Naquele dia e dali por diante, meu coração não soube mais o que era ficar vazio. Ele foi preenchido com o sentimento mais puro que já se viu ou se ouviu falar do Leme ao Pontal, do Oiapoque ao Chuí, daqui até a lua. Ele chegou de leve, me conquistou de leve - sem jamais se retirar com pés de lã. 
Ele ficou. Ele fica. Ele é. 
Seu estilo independente briga com o meu jeito carente; sua organização briga com a minha bagunça; sua mania de acordar cedo briga com meu muito sono de manhã. Mas a gente casa em todo resto.
Ele, a quem eu chamava de príncipe - hoje no alto de seus três anos - agora chamo de rei! Já o meu título, acho que não vai evoluir. E eu nem quero. Nenhuma música é mais doce que aquela voz falando “Vem, tia Fófis”.

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